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Conceição Maciel

Brasil

  Biografía:

 

Conceição Maciel é natural do estado do Pará onde reside na cidade de Capanema.

É formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) no curso de Letras com habilitação em Língua Portuguesa. É acadêmica da Academia Capanemense de Letras e Artes - ACLA ocupando a cadeira de n° 10. Acadêmica Correspondente da Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências - ALPAS 21 (A palavra do século XXI), ocupando a cadeira de n° 173.

Acadêmica da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL), sendo titular da Cadeira de nº. 51 tendo como Patrono Bruno de Menezes.

A escritora é Destaque Cultural Poesias sem Fronteiras (2018 e 2019) um projeto literário idealizado pelo escritor Marcelo de Oliveira do Estado da Bahia- Brasil.

 

SANTA TERESA

Bondade explícita nos olhos
As mãos sempre estendidas
Doação incondicional ao próximo
coragem por toda a vida
encantadora senhora
benevolente e amável
senhora que não se inventa
de sentimento incontestável
e dona de um bom coração
incansável na sua diária luta
amante de enfervencente oração
batalhadora na sua labuta
traduzida por suas ações
fortemente consolidadas
em comoventes reações
e pela igreja são feitas canções
em homenagem à nossa madre
reconhecida no céu e na terra
a nossa Santa Teresa de Calcutá
igual ela não há.

É HORA DE PAZ

Está na hora
de levantarmos a bandeira branca
de deixá-la tremulando
no ponto mais alto do universo
de nos unirmos em um único abraço
de distribuirmos sorrisos
de semearmos amizades
de disseminarmos amor

Está na hora
de deixarmos os bons sentimentos fluírem
de libertarmos a alma sofredora
de sonharmos um mundo liberto
de recolhermos as armas nocivas
de apertarmos as mãos em harmonia

Está na hora
de plantarmos mais flores
de entendermos o amor materno
de respeitarmos as criancinhas de esquecermos o egoísmo
de exterminarmos o ódio

Está na hora
de nos permitirmos sentir
a doçura da PAZ.

ANJOS OU HERÓIS?

Não sei ao certo
quantos morreram naquela guerra atroz
onde um pedaço de terra vale

mais que uma vida

Não sei ao certo
quantos sobreviveram em meio à destruição
e restos de vida e esperança perdidos

embaixo da poeira

Não sei ao certo
svale à pena viver
depois de ver os seus
deitados uns sobre os outros em valas

abertas ao céu

Não sei ao certo
se viver é bom,
se morrer não é melhor
do que não conseguir ver o sol do esconderijo fétido e escuro

Não sei ao certo
se entre os assombros,
já não morreu congelado pelo pavor
de ver as bombas tão próximas
alojadas nas casas dos seus

Não sei ao certo
o que é certo ainda
se até as criancinhas
não são poupadas em sua inocência

Não sei ao certo
se o sangue ainda quente nas pedras
é imagem cotidiana
ou memória gravada de um filme de guerra ou terror

Não sei ao certo
se a água que escorre no meio-fio das ruas
são lágrimas sangrentas
ou apenas a chuva lavando
o que restou de um país em pedaços.

Não sei ao certo
se o que se movimenta entre os escombros
em incansáveis buscas por vidas
são brancos anjos ou heróis anônimos.

 

GUERRA JAMAIS

Contemplo a natureza
relembro encontros
e também desencontros sutilmente a gentileza
camufla-se em tristeza
pois a guerra nos trás
aquilo que não apraz
cultivando ruins pensamentos eternizando momentos
que jamais nos trarão PAZ.

ESPERANÇA

Quando nossos caminhos
são marcados pelo tempo ele deixa rastros

que muitas vezes edificam nossas vidas
e nos ajudam a silenciar gritos
que nos ensurdecem
fazendo com que as vozes com ameaças veladas se calem
permitindo-nos o abrandar das mágoas
fortalecer do amor e o resgate da fraternidade
nesses tempos de tréguas
fortalecidas pela razão
faz-se necessário o resgate de amores
que desapareceram nas reticências da vida
nas reentrâncias deixadas pelo desamor
da ingratidão e ignorância humana
a busca pelo novo fortalece os sonhos
e nos dá um norte para a conquista do amanhã respirando novos ares e frutificando
os caminhos daqueles que cruzam nossas vidas enriquecendo-as com novos amores
e reconquistando a esperança no ser humano.


NERUDA, O PALADINO DA POESIA

É emocionante tua poesia
escrita forte, envolvente
rabiscada com grande maestria
que entranha no âmago da gente.
suavemente ela se aproxima
e nos envolve e fascina.
Neruda, és inconfundível
és digno de admiração
és o paladino da poesia
causas forte emoção.
em teus versos me encontro
em suave acalanto
teus escritos são recanto
onde encontro suave canto
e me aconchego com calma
adormecendo minh'alma.

 

COBERTOR DE ESPERANÇA

Para elas os dias se passam lentamente
como nuvens vazias no céu.
Seus passos se arrastam pelas ruas
e só lhes restam as calçadas sujas e fétidas
para recebê-las nas noites de frio
onde a fé se ausenta e a fome
é companhia constante.
A solidão corrói suas entranhas
O tiritar dos dentes é o símbolo do abandono
O frio é castigo que não se entende
e a cada noite retorna açoitando a alma descontente.
De longe se ouve um estranho barulho
Seria trovão?
Seria o batuque do tambor?
Ou seria o som da desilusão?
Ou o som da fome implorando compaixão?
Os olhos são duas lamparinas

acesas na escuridão
Os ouvidos se põem atentos
Ouvindo o som surdo da fome
Pedindo, gritando, implorando
Por um pedaço de pão.
Mas os sujeitos viram-lhes as costas
São almas sem sentimentos, ocas,
transbordando desamor.
O frio causticante se junta à fome
Que leva para longe
A dignidade, a esperança
A certeza no amanhã.
Ah, quem dera um cobertor de esperança
sob o frio e a fome daquelas crianças.